6.2.09

Homens que quase mudaram o Mundo...



Da esquerda para a direita: Stauffenberg, Olbricht, Beck, Witzleben, Fellgiebel, Tresckow, Quirnheim e Haeften.

O conde Claus Philip Maria Schenk von Stauffenberg é um dos principais personagens da conspiração que culminou com o fracassado atentado contra Hitler em 20 de julho de 1944. Nascido na Suábia a 15 de novembro de 1907, Stauffenberg foi um patriota alemão conservador, que a princípio simpatizou com os aspectos nacionalistas e militaristas do regime nazista.

Em março de 1942, Stauffenberg havia sido promovido a oficial do Estado Maior da 10ª Divisão de Tanques, com a incumbência de proteger as tropas do general Erwin Rommel, após o desembarque dos Aliados no norte da África. Num ataque aéreo em 7 de abril de 1943, Stauffenberg perdeu um olho, a mão direita e dois dedos da mão esquerda.

Após recuperar-se dos ferimentos, aliou-se ao general Friedrich Olbricht, Alfred Mertz von Quinheim e Henning von Treskow na conspiração que passaram a chamar de Operação Valquíria. Oficialmente, a operação pretendia combater inquietações internas, mas na realidade preparava tudo para o período posterior ao planejado golpe de Estado.

Na manhã de 20 de julho de 1944, Stauffenberg voou até o quartel-general do Führer "Wolfsschanze", Toca do Lobo, na Prússia Oriental. Com seu ajudante Werner von Haeften, ele conseguiu ativar apenas um dos dois explosivos previstos para detonar. Mais tarde, usou uma desculpa para entrar na sala de conferências, onde depositou a bolsa com explosivos ao lado do ditador. Incomodado pela bolsa, Hitler a colocou mais longe de si. A explosão, às 12h42, matou quatro das 24 pessoas na sala. Pensando que Hitler morrera, voou para Berlin, para dar continuidade ao plano.


Na capital alemã, os conspiradores comunicaram por telefone, por volta das 15 horas, convencidos do êxito da missão: "Hitler morreu!" Duas horas mais tarde, a notícia foi desmentida. Na mesma noite, Stauffenberg, Von Haeften, Von Quirnheim e Friedrich Olbricht foram executados. No dia 21 de julho, os mortos foram enterrados em seus uniformes e condecorações militares. Mais tarde, Himmler mandou desenterrá-los e ordenou sua cremação. As cinzas foram espalhadas pelos campos.

O único acto de resistência interna que quase foi eficaz na tentativa de assassinar Adolf Hitler.

"Se eu conseguir, serei chamado pelo povo alemão de traidor, mas se eu não conseguir, estarei a trair minha consciência."
Claus von Stauffenberg


Já nos cinemas e a não perder Valquíria, retrata a construção e a execução do plano astuto para fazer cair o império nazi. Eu já vi e recomendo vivamente.
Actualização:
Leia a critíca no Antestreia por Nuno Reis.

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